Igreja Submersa Revelada

Igreja Submersa Revelada

Em 1942, o governo federal estabeleceu o Núcleo Colonial Agro-Industrial de Petrolândia no distrito de Barreiras. Era o sinal do início de uma nova era para a região. Com o fornecimento de energia a baixo custo vinda de Paulo Afonso, esperava-se o interesse da indústria em se instalar no local vislumbrando um futuro promissor. Nesse contexto iniciou-se, em 1945, a construção da Igreja do Sagrado Coração de Jesus . 

Projetada pelo arquiteto mineiro Ângelo Alberto Murgel, a serviço do Ministério da Agricultura, o projeto incluía não apenas a igreja. Abarcava também uma escola, um gabinete dentário e alojamento para padres, que chegariam para cuidar da escola para os filhos dos colonos, a igreja assumiu ares de catedral e, à medida que se erguia, foi formando um pequeno centro comercial ao seu redor. 

Entretanto, as mudanças de governo e a falta de continuidade nos programas agrícolas resultaram em uma drástica redução do orçamento e interrupções nos projetos. Essa descontinuidade afetou diretamente a construção da igreja. O projeto da igreja, grandioso e pensado para atender a demanda de um polo agroindustrial em ascensão, passou a depender exclusivamente dos moradores e levaria anos para ser concluído. Em 1970, com a implantação da Barragem de Itaparica, o governo federal proibiu novas construções na área.

33 anos depois, o Geográfico e Histórico de Petrolândia (IGHP) realizou pesquisa que localizou as plantas baixa e da fachada lateral direita do projeto original da Igreja. Com apoio da Lei Paulo Gustavo Estadual, e coordenação de Paula Rubens, o arquiteto Ítalo Ewerton, elaborou trabalho de pesquisa. Dessa forma a reconstrução da imagem aproximada de como seria a Igreja foi possível.

Francis Rubens

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